quinta-feira, 8 de setembro de 2011

[Tradução] Everything But Urban: review do Night of Hunters

O site Everything But Urban escreveu uma review sobre o Night of Hunters, e seguindo a linha das anteriores, fez uma crítica bastante positiva do álbum, chegando a dá-lo 5 de 5 estrelas! Postaremos aqui a tradução, mas caso queira ler a original, é só clicar no link abaixo:

ORIGINAL HERE

Tori Amos, conhecida pelo extenso histórico de fazer música que ultrapassa limites convencionais, voltou-se para a produção de seu mais coeso e convicente álbum em tempos recentes: Night of Hunters.

Mesmo que Amos permitisse em discos anteriores que temas e padrões clássicos surgissem em seus arranjos mais lúdicos, este projeto em particular é único. Ela tomou inspiração de peças clássicas já bem conhecidas, contemporâneas ou históricas, e as levou numa nova direção, contando intensiva e efetivamente a história de uma mulher entregue a uma jornada de auto-descoberta.

Apresentando um senso de intensidade com foco, o que é uma melhora significante para suas composições aparentemente fortuitas e caóticas, Night of Hunters é complexo, porém calculado, fator necessário para o sucesso de um projeto tão vasto como esse.

O álbum começa com a poderosa “Shattering Sea”, assustando com seu primeiro verso - “Não é meu esse sangue no chão do quarto”. Amos o canta e não dá chance ao ouvinte de fazer outra coisa que não seja ouvi-la. A melodia cresce numa fúria quieta, arpeggios produzidos sobre a fundação de cordas agitadas. Enganosamente calma em seu início, suas harmonias fraturadas irrompem, prendendo e até dando medo. a canção é bem sucedida em preparar o ambiente para o restante do álbum, ao apresentar de uma vez só tumulto emocional, amor, paixão e todas as emoções de um espectro que vai da afeição mais calma até a ira que cega. “SnowBlind” vem depois, pensativa e espumante, sob uma superfície silenciosa.

“Battle of Trees” e “Fearlessness” usam-se de dissonância harmônica para transmitir desarmonias emocionais, conflitos internos e energias espirituais em contradição dentro do espírito feminino. A equivocada e não-usual “Cactus Practice”, talvez a faixa mais fraca do álbum, conta a história do elixir do título. “Your Ghost”, uma balada típica de Amos, é provocativa e vitoriosa, muito bem justaposta com a subsequente “Edge of the Moon”.

Um expressão esplêndida da verdadeira natureza do espírito feminino, Night of Hunters é ousado, circunspecto, intenso e emocionalmente rico. Tori Amos, como sempre, prestou bastante atenção aos detalhes. Cru e sem restrições, este é um álbum de beleza transparente.

Veredicto: Prepare-se - este álbum é uma janela no inconsciente coletivo - turbulento, mas livre.

Fonte/Source: Twitter de @Shireen86

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