quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Tori entre as 60 maiores cantoras/compositoras de todos os tempos!

O jornal The Telegraph, do Reino Unido, decidiu listar as 60 maiores cantoras/compositoras de todos os tempos, e Tori entrou na lista, encabeçada por Joni Mitchell, em 36º lugar. Leia abaixo a tradução para o texto dedicado à pianista, e neste LINK a lista completa.


Tori Amos, pianista norteamericana com treinamento clássico, começou a cantar em bares aos 13 anos, acompanhada pelo seu pai. Depois de uma breve passagem pela banda de synth-pop Y Kant Tori Read, Amos deu início à carreira solo em 1990. Ate o momento já vendeu mais de 12 milhões de discos, lançando 14 álbuns de pop e rock baseados no piano - o mais bem sucedido deles, Boys For Pele (1996), detém seu maior hit, Professional Widow, que liderou as tabelas do Reino Unido após ser remixada pelo produtor dance Armand van Helden.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

tori amos e as pessoas

No caminho para casa, estava ouvindo Amber Waves e tive a inspiração para esse texto. The Northern Lights are waving...


Tori Amos sempre se define como uma contadora de histórias, aspecto que se tornou mais evidente na última década, à medida que seus discos ficaram menos “pessoais” e mais conceituais. No entanto, mesmo quando escrevia sob sua perspectiva, Amos demonstrava uma tendência a construir narrativas de natureza diversa, indo desde contos íntimos até epopeias às vezes num único disco. E o aspecto mais interessante dessa abordagem são as suas personagens (e personas). A pianista é apaixonada por gente, humana e não-humana, até quando essa gente lhe deixa a ponto de enlouquecer — por isso a escreve em canções.

Dentre as pessoas que clamam pela atenção de Amos, é fato que suas escolhas são bem “incomuns”, palavra aqui aplicada com gentil eufemismo. Tori escreve sobre personagens marginalizadas, ulceradas e que muitas vezes não tem como gritar por socorro. Suas palavras são por vezes escritas em honra a esse povo mutilado, de quem se extraiu a última gota de dignidade; dessa forma, visita a existência de mitos, figuras históricas e até de pessoas ditas comuns, com quem se convive no dia-a-dia. Nunca se sabe o que se passa ao lado, ou o que de fato aconteceu há milênios atrás, e o que quer a trovadora de cabelos vermelhos? Resgatar a segunda versão, dar voz à escória, permitir que cada uma das pessoas relegadas à escuridão tenha chance de conhecer o sol… Tori escreve com fome de justiça.

Não à toa uma de suas paixões íntimas é Maria Madalena, especialmente pelo que ela representa em contraponto a Jesus, o homem e o Messias. Desde o começo dos anos 90, Tori cantava sobre como essa Maria tinha sido atacada e tripudiada, ainda que já visse chegando a hora das pessoas reconhecerem que aquela mulher, pagã e voluptuosa, era mais do que uma simples seguidora do Cristo (Mary). Amos usou a metáfora da Madalena como o exemplo perfeito da incisão íntima dada a cada mulher do mundo, e assim o fez para reclamar a si o direito de não ser apenas santa ou profana: ela deseja, sim, deseja ser completa. Mesmo quando Madalena não se fazia presente em suas músicas, sua mote era corrente em face de outras figuras que visitaram a obra de Tori. A moça abusada na infância pelo pai, e que durante a vida adulta ainda lidava com cada um de seus traumas (Bells For Her, Carbon); as meninas africanas sendo obrigadas a passar por mutilação genital, realizada por suas próprias familiares (Cornflake Girl); ou a estrela pornô, ludibriada e escravizada por um negócio que só a deteriorava mais e mais (Amber Waves); cada uma delas era defendida pela pianista como sua irmã, como a pessoa que os outros nunca lhe deram a chance de ser.

Mas não somente de mulheres Tori embebe seus contos-canções. Algumas figuras masculinas bem espinhosas precisavam ser revisitadas por alguém, e como temas difíceis nunca foram motivo de fuga para ela, lá estava escrevendo sobre Deus, Lúcifer, Jesus, alguns outros tipos messiânicos e até seu marido, como não? Os caminhos que Amos escolhe para falar sobre esses homens costumam tomar contornos pouco casuais, a exemplo de representar o Príncipe das Trevas como uma de suas canções mais charmosas (Father Lucifer), e Deus ser mais um desses garotos birrentos e egocêntricos, que há aos montes por aí (God). Mais uma vez, ela tentava mostrar o outro lado das lendas, trazendo por meio disso uma nova consciência sobre a complexidade de nossa existência, e buscando extinguir ideias maniqueístas de que somos bons ou maus — somos Yin e Yang, temos dever de ser.

Há de se ressaltar, no entanto, a maneira como Tori escreve pelo seu marido. Não é foco desse texto entrar em detalhes íntimos dos dois, mas uma canção em particular retrata-o com uma doçura sem igual: Invisible Boy. Amos disse que a música é dedicada a um homem de vida interna extremamente densa, mas que prefere tornar-se invisível somente para não ter de se explicar demais. É como se descrevesse as angústias e fragilidades que às vezes ele deixa escapar, fazendo delas uma ponte para alcançá-lo e mostrá-lo o quanto tudo isso importa. E mesmo que todos sejamos feitos de barro, ele não se resumiria a isso, por ser o melhor garoto invisível para ela. É um momento de trégua, em que as partes encontram um caminho comum e existe compaixão. Empatia e compaixão.

Tori vem de uma linhagem de mulheres compositoras e escritoras que buscavam se afirmar diante do mundo, demarcando o lugar que nele ocupam e, se necessário, usando um pouco de violência para tal. No entanto, desde cedo aprendeu que ocupar um espaço nessa terra jamais seria uma experiência solitária, o que parece tê-la motivado a encarar o rosto das pessoas de frente e sem medo. Em certos momentos, relatar aquilo que viveu ou conheceu parecia ter vindo somente de sua ânsia por sobreviver. No entanto, mesmo nas horas mais escuras, o que ela fazia era passar sua tocha adiante, uma chama inflamada a cada nova pessoa cantada, em cada nova história contada. Assim a trovadora constrói seu legado e passa sua missão.


Por Hernando Neto

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Tori participará de "Blackbird: The Beatles Album", disco de Miloš Karadaglić


O violonista clássico Miloš Karadaglić lançará um disco de covers para canções de The Beatles, e uma delas conta com a presença de Tori. A faixa em questão é She's Leaving Home, a qual a pianista já vinha apresentando em suas turnês recentes (vídeo abaixo). Para encomendar o disco de Miloš, visite o site da Amazon.

sábado, 7 de novembro de 2015

Tori Amos na Baloise Session (06/11/15)

UPDATE: você já pode assistir ao show completo e em qualidade profissional do Baloise Session, clicando AQUI! (Thank you, @Undented)


Organizado na Suiça, a Baloise Session é uma sequência de apresentações ao vivo gravadas para transmissão futura. E este ano Tori fez um show solo, com setlist bastante variada e que conclui a turnê de 2015 da artista. Neste LINK você pode ver fotos profissionais, como a que ilustra a publicação, e fiquem atentos pois se surgirem vídeos em boa qualidade postamos também aqui.

01. Bliss
02. Beauty Of Speed
03. China
04. Amber Waves
05. Floating City
06. 1000 Oceans
07. Graveyard
08. Crucify
09. I Can't See New York
10. Wednesday
11. The Waitress
12. Cruel
13. Mountain
14. Digital Ghost
15. Talula

sábado, 24 de outubro de 2015

Entrevista completa de Tori para o programa "So POPular!"

Tori anda bem ocupada com a divulgação da trilha de The Light Princess, e além de uma rápida passagem pela Billboard, para comemorar a estreia do álbum em segundo lugar na parada de discos de elenco, concedeu uma ótima entrevista à escritora e ativista trans Janet Mock, no programa So Popular. Versando sobre aspectos temáticos do musical, seus clássicos e cultura de estupro, você pode assisti-la por completo no vídeo abaixo.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

2015 Summer Tour: Compilação de vídeos dos shows na Bélgica e Alemanha

Agradecemos a todos os que publicaram material dos dois concertos. Obrigado!

Lokerse Festeen, Bélgica (06/08/2015)




















A Summer's Tale, Alemanha (08/08/2015)









sábado, 8 de agosto de 2015

2015 Summer Tour: setlist do festival A Summer's Tale, Alemanha (08/08/2015)

Tori finalmente concluiu sua Summer tour, apresentando um show repleto de covers e boas surpresas de seu catálogo. Começando por Real Men, ela ainda passou por clássicos de Elton John e Steely Dan (a rara Do It Again, b-side de Spark). Trouxe ainda Spark, A Sorta Fairytale, Tear In Your Hand e Mountain, esta introduzida pela ponte da magnânima Star Whisperer. Assim que conseguirmos links pra vídeos publicamos aqui ou no facebook; o setlist foi obtido via @Undented (Thank You!).

01. Real Men (Joe Jackson cover)
02. Beauty of Speed
03. Smells Like Teen Spirit (Nirvana cover)
04. Crucify
05. Tiny Dancer (Elton John cover)
06. Mountain (intro by "Star Whisperer")
07. Girl
08. The Boys of Summer (Don Henley cover)
09. a Sorta Fairytale
10. Cruel/Sweet Sangria/Unrepentant Geraldines
11. Amber Waves
12. Spark
13. Do It Again (Steely Dan cover)
14. Mr Zebra
15. Tear in your Hand
Encore:
16. Cornflake Girl

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

2015 Summer Tour: setlist do Lokerse Festeen, Bélgica (06/08/2015)

Tori voltou a se apresentar hoje em mais uma show da turnê de verão. Tocando na Bélgica, é a penúltima apresentação marcada para esse ano, e foi cheia de clássicos como Little Earthquakes, Father Lucifer e Precious Things. A surpresa ficou por conta do cover de The Nobodies, Marilyn Manson, e também da canção Fire On The Side. Leia abaixo o setlist completo, obtida via The Afterglow (thank you!), e assim que saírem vídeos postamos aqui ou na página do face.

01. Little Earthquakes
02. The Nobodies (Marilyn Manson cover)
03. Bliss
04. Beauty Queen/Horses
05. Girl
06. Take To The Sky
07. Cruel/Sweet Sangria/Unrepentant Geraldines
08. Oysters
09. Pandora's Aquarium
10. Father Lucifer
11. Fire On The Side
12. Running To Stand Still (U2 cover)
13. Precious Things
14. In Your Room (Depeche Mode cover)

sábado, 1 de agosto de 2015

2015 Summer Tour: setlist do Stockholm Music&Arts Festival, Suécia (01/08/2015)

Tori retomou hoje sua Summer Tour no festival Stockholm Music&Arts, da Suécia. Apresentou um setlist de pouco mais de uma hora, repleto de covers, incluindo aí os clássicos Smells Like Teen Spirit e Real Men. De composições originais, tivemos surpresas como Amber Waves e Secret Spell, além dos clássicos Silent All These Years, Bliss e Leather. Confira a lista completa abaixo, compilada pelo @Undented (thank you!).

01. Bliss
02. Secret Spell
03. Smells Like Teen Spirit (Nirvana Cover)
04. In Your Room (Depeche Mode Cover)
05. Siren
06. Silent All These Years
07. Taxi Ride
08. Real Men (Joe Jackson Cover)
09. Streets of Philadelphia (Bruce Springsteen Cover)
10. Amber Waves
11. Leather
12. Cruel/Sweet Sangria/Unrepentant Geraldines
13. Hey Jupiter
14. Raspberry Swirl/You Spin Me Round (Dead Or Alive Cover)









quarta-feira, 22 de julho de 2015

[TRADUÇÃO] Matéria do site BroadwayWorld sobre o álbum de "The Light Princess"

Olá, Toriphiles!

O site BroadwayWorld publicou um artigo no qual discorre um pouco sobre o próximo lançamento de Tori, o registro de estúdio do musical "The Light Princess". A matéria também afirma que algumas faixas extras terão vocais apenas de Tori, uma notícia excitante para nós, fãs!
Leia a seguir a matéria completa; para o original, clique AQUI.



O NOVO MUSICAL DE TORI AMOS, “THE LIGHT PRINCESS”, RECEBERÁ UM REGISTRO DE ELENCO; DATA DE LANÇAMENTO JÁ ANUNCIADA.

BroadwayWorld acaba de saber que Mercury Classics/Universal Music Classics lançará o álbum de elenco de The Light Princess, em nove de outubro. Dito “mágico" pela Independent do Reino Unido, o musical de Tori Amos e Samuel Adamson estreou no National Theatre em Londres, durante o outono de 2013.

O registro, bastante esperado, lança luz sobre as distintivas e poderosas composições de Amos, apresentadas pelo elenco estelar do musical e gravadas inteiramente como um álbum de estúdio. A nova gravação também conterá faixas bônus exclusivas cantadas por Tori, um boa surpresa tanto para seus fãs como para aqueles dos musicais.
Com a música composta por Tori Amos, dramaturgia por Samuel Adamson e letras de ambos, a encenação baseada numa história de George MacDonald constrói-se em torno das peças delicadamente criadas por Amos, com Adamson contando de maneira pungente a narrativa de uma jovem mulher enfrentando seus temores.

A “Princesa Leve” é Althea, que perde sua mãe aos seis anos de idade. Num reino inimigo, um príncipe jovem chamado Digby também vê sua mãe partir, deixando-lhe sério a ponto de nunca sorrir. Em contraste Althea sublima-se em seu desespero, o que a faz flutuar no ar, onde ela nunca chora. Foi por isso afastada do reino e trancada no castelo de seu pai.

Num dado dia, Digby declara guerra ao reino vizinho e Althea é forçada a sair do confinamento. Ela desafia seu pai e foge, de modo a por acaso encontrar o solene príncipe. Às margens de um lago, os herdeiros rivais começam um relacionamento apaixonado e ilícito; no entanto, para Althea encontrar amor de verdade primeiro precisa confrontar-se com a escuridão do mundo, encarando seus medos mais profundos.

O papel da princesa é cantado por Rosalie Craig. The New York Times não poupou elogios: “E em sua atriz principal, Rosalie Craig, nasce uma estrela”. Craig recebeu um prêmio Evening Standard e uma indicação para o prêmio Laurence Olivier, por sua comovente performance. A atriz poderá ser ouvida no álbum junto ao elenco original, incluindo Nick Hendrix, Amy Booth-Steel, Kane Oliver Parry, Hal Fowler e Clive Rowe, dentre outros. O álbum é produzido por Amos e tem Martin Lowe conduzindo as orquestrações de John Phillip Shenale, parceiro de longa data da pianista; arranjos vocais e orquestrais adicionais também por Amos e Lowe. Tori e Adamson tomaram esse conto de fadas sobre angústia, rebeldia e amor e criaram um musical único, sucesso de público e crítica.

Tori Amos é uma pianista, cantora e compositora indicada diversas vezes ao Grammy, que já vendeu mais de 12 milhões de discos. Seu longo catálogo de 14 álbuns marcantes inclui o icônico debut de 1992, Little Earthquakes, além dos reconhecidos Under The Pink, Boys For Pele, Scarlet's Walk e mais. Seu lançamento mais recente, Unrepentant Geraldines (2014, Mercury Classics/UMC) estreou em sétimo lugar na parada de discos da Billboard, tornando-se assim seu oitavo registro de estúdio a alcançar o feito na primeira semana de lançamento. Unrepentant Geraldines teve êxitos comerciais e de crítica, sendo definido como um dos seus melhores trabalhos desde o começo da carreira, de acordo com o site NPR.

Uma pioneira em plataformas múltiplas, Tori foi a primeira artista de uma grande gravadora a oferecer um single para download. Produziu vídeos contundentes por toda a carreira, assumindo riscos tanto visual como musicalmente. Reconhecida também pela grande e apaixonada fanbase, suas turnês obtém êxitos comerciais e de crítica consistentes, por meio de sua performance em constante evolução. A Sra. Amos também é reconhecida pelos esforços humanitários como cofundadora do RAINN (Rape, Abuse, and Incest National Network), a maior organização anti-violência sexual dos Estados Unidos.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Tori Amos na comemoração de 10 anos do perfume Flower Bomb

Ontem pela manhã Tori anunciou no twitter para ficarmos de olho em seu Periscope (app que permite publicação de vídeos em tempo real), uma vez que teríamos surpresas mais tarde. Eis que a surpresa foi a participação dela na festa de 10 anos do perfume Flower Bomb, do duo de estilistas Viktor & Rolf. Além da selfie que costuma postar em seu instagram, várias imagens e pequenos vídeos de Amos foram publicados no instagram deles (LINK), incluindo um trecho de "Northern Lad".
Quem também esteve presente no evento foi a cantora britânica Charli XCX, fazendo um set de DJ para a comemoração. A seguir você vê alguns das fotos publicadas pelas redes sociais dos presentes, além de um link bem especial no final da publicação.


Tori já havia contribuído artisticamente para Viktor & Rolf: em 2005 ela apresentou uma longa versão de Take Me With You (canção esta até então não lançada), interpelada por trechos do livro bíblico "Cântico dos Cânticos". Assista a seguir a bela performance.

sábado, 13 de junho de 2015

2015 Summer Tour: Bergen Music Festival, Noruega (13/06/2015)



Fazendo o segundo show seguido num festival, Tori apresentou-se novamente na Noruega e trouxe consigo novidades à summer tour: Roosterspur Bridge e I Can't See New York, duas canções que são pouco tocadas desde seus anos de lançamento. Há uma incongruência entre o setlist divulgado por Tori e o descrito pelo Undented (que acompanhou o show em tempo real), sendo assim deixamos ambos nesta publicação, a ser corrigida quando a dúvida for resolvida.
Vale lembrar que Amos só volta aos palcos em agosto, e de acordo com a própria, o interstício será ocupado com a mixagem da trilha sonora do "The Light Princess".

01. Silent All These Years
02. Bouncing Off Clouds
03. Roosterspur Bridge
04. Girl
05. Take To The Sky/Datura
06. I Can’t See New York
07. In Your Room (Depeche Mode cover)
08. The Waitress
09. Mother Revolution
10. Hey Jupiter
11. Wedding Day
12. Cruel/Sweet Sangria/Unrepentant Geraldines
13. Tear In Your Hand
14. Cornflake Girl

sexta-feira, 12 de junho de 2015

2015 Summer Tour: Festival Norwegian Wood, Noruega (12/06/2015)



E no dia dos namorados brasileiro, Tori fez um set apaixonante (desculpem a brincadeira rs) lá pelas terras norueguesas. Participando novamente do Norwegian Wood, ela tocou muitos dos seus clássicos, mas surpreendeu com a quantidade de covers na apresentação (um deles em homenagem ao próprio festival). Confira a seguir a lista completa do show, e assim que tivermos vídeos postaremos aqui ou no facebook.

01. Little Earthquakes
02. Crucify
03. Smells Like Teen Spirit
04. Blood Roses
05. Amber Waves
06. In Your Room (Depeche Mode cover)
07. Bliss
08. Norwegian Wood (Beatles cover)
09. Cruel/Sweet Sangria/Unrepentant Geraldines
10. Someone Saved My Life Tonight (Elton John cover)
11. Raspberry swirl/You Spin Me Round
12. Precious Things
13. Cornflake Girl

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Vídeos do segundo show em Helsinki, Finlândia (09/06/2015)

Obrigado a todos e todas que uparam o material.






















terça-feira, 9 de junho de 2015

2015 Summer Tour: segundo show em Helsinki, Finlândia (09/06/2015)


Mais um show de Tori aconteceu hoje, em Helsinki. Apresentando um set suave e com uma sequência de canções referenciando Maria Madalena e rosas, poucas foram as música repetidas das últimas apresentações. Algumas boas surpresas foram Martha's Foolish Ginger, Marys of the Sea, Blood Roses e Amber Waves, tocada pela primeira vez desde 2009. A lista completa foi mais uma vez obtida via @sunjan (thank you again!).

01. Beauty Queen/Horses
02. Secret Spell
03. Playboy Mommy
04. Curtain Call
05. China
06. Siren
07. Cooling
08. Martha's Foolish Ginger
09. Amber Waves
10. Marys of the Sea
11. The Rose (Bette Midler cover)
12. Past the Mission
13. Here In My Head
14. Blood Roses
15. Code Red
16. Leather

Encore:
17. Cornflake Girl
18. Wedding Day
19. Cruel/Sweet Sangria/Unrepentant Geraldines
20. Hey Jupiter

Vídeos das duas últimas apresentações de Tori!

NOTA: a maioria dos uploads foi de @Thunder_Wishes (thank you!). Créditos também aos outros uploaders!

Egeskov Castle, Dinamarca (06/06/2015)






















Helsinki, Finlândia (08/06/2015)
















segunda-feira, 8 de junho de 2015

2015 Summer Tour: primeiro show em Helsinki, Finlândia (08/06/2015)



Realizando a primeira de duas datas na capital finlandesa, Tori apresentou novamente um setlist completo, com covers de Eurythmics e Depeche Mode, além de raridades como Indian Summer e Apollo's Frock. O setlist completo foi obtido via @sunjan (thank you!), e a seguir você assiste à performance de Riot Poof. Assim que surgirem mais vídeos e informações publicamos em nossas plataformas.

01. Bliss
02. Suede
03. The Power of Orange Knickers (com trechos de Running To Stand Still - U2)
04. Putting The Damage On
05. Apollo's Frock
06. Girl
07. Take To The Sky/Datura
08. In Your Room (Depeche Mode cover)
09. Lust
10. Upside Down
11. Rattlesnakes
12. Here Comes The Rain Again (Eurythmics cover)
13. Northern Lad
14. A Sorta Fairytale
15. Indian Summer
16. Tear In Your Hand

Encore:
17. Cornflake Girl
18. Riot Poof
19. Fire On The Side
20. Precious Things


sábado, 6 de junho de 2015

2015 Summer Tour: Show no Egeskov Castle, Dinamarca (06/06/2015)



Tori se apresentou hoje na Dinamarca, fazendo um show completo num cenário inusitado: um belo castelo. O setlist foi cheio de canções aquáticas e uma trilogia das nuvens, além de um cover inédito de Donna Summer, "I Feel Love". Assim que surgirem vídeos postaremos aqui ou na página do facebook.

01. Beauty of Speed
02. Tubular Bells/God/Running Up That Hill
03. Spark
04. Liquid Diamonds
05. Oysters
06. Mrs Jesus
07. Cooling
08. Carry
09. Girl
10. Silent All These Years
11. Mother Revolution
12. I Feel Love/Abnormally Attracted to Sin
13. Code Red
14. Forest of Glass
15. Your Cloud
16. Cloud On My Tongue
17. Bouncing Off Clouds

Encore:
18. Cornflake Girl
19. Cruel/Sweet Sangria/Unrepentant Geraldines
20. Purple People
21. 1000 Oceans

domingo, 31 de maio de 2015

2015 Summer Tour: Show no Primavera Sound, em Barcelona (30/05/2015)


A turnê de verão de Tori finalmente começou, num país nunca antes visitado pela pianista para performances ao vivo. Foi na Espanha que Tori fez um setlist de uma hora, dando ênfase a seus clássicos, mas trazendo boas surpresas como The Waitress, Sweet Sangria (num mash up) e Code Red, canção que nunca havia sido apresentada em versão solo antes. A seguir você pode ver o setlist completo, bem como alguns vídeos e ouvir o áudio inteiro do show! A maioria desses materiais foi obtido via Undented (thank you, as always), por meio da fã Lu (thank you too).

01. Bliss
02. Caught a Lite Sneeze
03. Crucify
04. In Your Room (Depeche Mode cover)
05. Silent All These Years
06. Cruel/Sweet Sangria/Unrepentant Geraldines
07. Precious Things
08. Waitress
09. Toast
10. Code Red
11. Raspberry Swirl/You Spin Me Round (Dead or Alive cover)
12. Cornflake Girl

ÁUDIO INTEIRO (SOUNDCLOUD)

















EXTRA: Tori concedeu uma coletiva de imprensa no evento, que pode ser assistida na íntegra a seguir.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

[Tradução] "Blueberry Girl", poema de Neil Gaiman para Tash

Publicado em 2009, mas escrito em meados dos anos 2000, Neil Gaiman – famoso escritor inglês – lançou o livro “Blueberry Girl”, poema escrito em homenagem à afilhada Natashya Lórien Hawley, filha de sua amiga de longa data Tori Amos.

O poema, uma oração de proteção à pequena Tash, provavelmente recebeu este nome pois a fruta Mirtilo (blueberry, em inglês) é a principal fonte de renda agrícola da Carolina do Norte (fonte), Estado em que Tori Amos nasceu. Além disso, sonhar com mirtilo, símbolo de eternidade e otimismo no futuro, significa retomar aspectos de sua juventude (fonte), alegoria apropriada para uma criança prestes a nascer.

Abaixo segue a tradução feita por Ailton Palaria e Hernando Neto (adm da página), e o vídeo com a narração do texto original feita pelo próprio Neil Gaiman.




GAROTA MIRTILO

Senhoras da Luz, Senhoras das Trevas
Senhoras que Não-Estão-Nem-Aí
Esta oração é para a Garota Mirtilo
Primeiro, deveis, todas serem gentis.

Protejam-na aos dezesseis do sono e das rocas
Deixem-na ficar acordada e sabida
Pesadelos aos três; maus maridos aos trinta
Estes não afligirão sua vista.

Aos quarenta, tédio; falsos amigos aos quinze
Deixem-na buscar a bravura e a verdade
Deixem-na ir a lugares onde não estivemos
Confiança e prazer haja em sua mocidade.

Senhoras da Graça, Senhoras Generosas
Senhoras da Noite Clemente
Esta oração é para a Garota Mirtilo
Concedam-na sua clareza da mente.

Palavras perturbam, pessoas complicam
Razões cheias de nebulosidade
Concedam-na o saber do bom caminho
Livre do medo e da crueldade

Deixem-na contar histórias e dançar na chuva
Dar cambalhotas, rolar e correr
Alegrias tão altas quanto às mágoas profundas
Deixem-na ao sol como uma erva crescer.

Senhoras do Paradoxo, Senhoras da Medida
Senhoras da Sombra Poente
Esta oração é para a Garota Mirtilo
Palavras no muro escritas claramente.

Ajudem-na a ajudar-se, ajudem-na a erguer-se
Também a perder e a encontrar
Ensinem-na que somos do tamanho dos sonhos
E que a sorte nem sempre há de chegar.

Sozinha ela deve buscar a verdade
Pérola preciosa e de grande estilo
Deem a ela tudo isso e mais um pouco
Dádivas para a Garota Mirtilo.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

[TRADUÇÃO] Entrevista para o The Guardian (UK)


Há alguns dias, The Guardian publicou uma nova entrevista de Tori, dentre as muitas que ela vem concedendo para divulgar as versões deluxe de Little Earthquakes e Under The Pink. Nela, a compositora discute a criação de sua filha, algumas lembranças envolvendo seus amigos gays, e o preconceito pela idade sofrido por mulheres na indústria musical, o que a levou a opinar sobre o escrutínio que Madonna sofreu recentemente pela queda no Brit Awards. A tradução completa da entrevista você lê a seguir, e para acessar o link original, é só clicar AQUI.



TORI AMOS: “SOU MUITO CRUA PARA HOMENS HETEROSSEXUAIS. ELES SÃO TORTURADOS POR MEUS SHOWS.”

Quase 25 anos depois de seu álbum de estreia, a “Cornflake Girl” tem uma filha adolescente, sabe como lidar com falhas técnicas de apresentações e ainda ama Madonna.



Oi, Tori! Nove da manhã é muito cedo para fazer uma entrevista.

Eu sempre estou de pé nesse horário. Hoje em dia, sou mais como esses pássaros matutinos. Nossa filha Tash está numa escola em Londres, mas passamos com ela alguns dias da semana. Mark (Hawley, seu marido) tem um estúdio por lá e no local trabalhamos no álbum do musical The Light Princess, mas adolescentes mudam sua vida.

Como ela mudou a sua?

Nossa vida mudou por completo quando Tash nasceu. Estávamos saindo do hospital em Washington e Mark me disse: "eles estão mesmo deixando a gente sair daqui com esse bebê”. O marido de nossa babá era um agente do FBI, e ficávamos o tempo todo esperando por eles vindo tirá-la de nós. A bebê ficou azul, certa vez. Estávamos em turnê por um ano inteiro, e quando você excursiona assim pensa que pode cuidar da criança, mas não pode. Tash tinha cerca de três meses e não dormia às vezes, e nem sempre você consegue fazer o que precisa ser feito. Ela finalmente estava dormindo em paz, e pensamos, “não precisamos pô-la pra arrotar, certo?” — erramos. 30 minutos depois de alimentá-la, ela estava ficando azul, então a levamos ao hospital na Flórida, para então uma enfermeira apressada vir enchê-la de coisas. E tudo porque não a pusemos para arrotar!

Mark tomou parte na criação de Tash?

Sou sortuda por ter conseguido um desses pais modernos. Fazer tudo sozinha… Estou trabalhando o tempo todo, e ele também, então decidimos fazer disso uma parceria. Quando ela tinha três meses eu estava trabalhando num disco e Mark bem ocupado; recebemos Neil Gaiman e ele disse: “você precisa de uma babá”. No mês seguinte, contratamos uma. Passei por alguns abortos antes, então essa bebê foi bastante esperada. Tinha 37 anos quando ela nasceu e queria demais ser uma boa mãe.

Como pode já ter passado quase 25 anos desde Little Earthquakes?

Eu não sei. Não sinto dessa maneira. Tash vem me perguntar sobre os anos 90 porque ela e algumas amigas descobriram Pearl Jam e Nirvana, e Polly (Harvey) ainda está por aí se apresentando e lançando álbuns. Não me parece terem sido 25 anos, porque Tash, aos 14, está descobrindo parte dessa música, então ela mantém essa época viva.

Você vive na Inglaterra há anos — qual traço britânico você não consegue entender?

Eu casei com um inglês, então gosto bastante dos britânicos. Eu os adoro, e parte disso vem do fato de não ter crescido aqui. Mas há duas coisas que quase me levam à loucura: quando alguém está intimidado pela “boa educação” de outra pessoa, e quando eles não dizem de fato o que está os incomodando. Existe um problema, eles estão incomodados e até lhe dizem que estão, mas não chegam de fato ao porquê. Mulheres britânicas falariam, mas os homens? Tenho algumas mulheres na minha equipe — a melhor lésbica do mundo, e outra americana, também casada com um britânico. Mas nela existem também muitos homens, os quais nem sempre estão afim de conversar sobre o que está acontecendo, e você não vai se intrometer. Eles acham que já reclamaram demais e não querem ir a fundo no assunto.

A canção 16 Shades of Blue, de seu disco Unrepentant Geraldines (2014), é sobre seus receios à medida que chegava aos 50 anos de idade. Como você lidou com os dilemas da situação?

Você precisa se fazer presente para aquelas mulheres nos seus 40 anos, ou final dos 30, que já começam a temer a situação. É um jogo um pouco diferente. Às vezes parece com a indústria de entretenimento, especialmente a cinematográfica, no sentido de apontar situações distintas para refletir sobre o envelhecimento. Os homens que lideram a corrida estão nos seus cinquenta; George Clooney e Johnny Depp são mais velhos que eu. Há um efeito afrodisíaco que acontece com homens — com um pouco de sabedoria, algumas frases de efeito, talvez não o corpo perfeito mas ainda mantendo a boa forma — eles acabam tendo algum poder mágico, místico. Mas não há muitas mulheres acima dos 50 que conseguem se manter firmes na produção de novo material. Não me refiro a um contrato que sirva para gerir seu catálogo, ou sua jukebox musical, estou falando de lhe pagarem para fazer um novo disco de sua autoria.

Mas você está indo bem, ainda contratada por um selo grande.

Sim, estou, mas tive de lutar por isso, tive de provar que sou rentável. Eu saio em turnê anualmente; Geraldines saiu ano passado e eu fiz apresentações por meses. Estou lançando um novo disco este ano, o álbum de elenco do musical. Não será como a maioria dos álbuns desse tipo, os quais costumam ser gravados em dois dias. Quis fazê-lo apropriadamente. Neil Gaiman me disse que deveria produzi-lo como “Jesus Christ Superstar”. Esse patamar de qualidade não tem sido alcançado nos últimos anos, e a Universal me perguntou se podia fazer isso para eles. Eles disseram que seria meio primeiro passo no mundo do National Theatre (de Londres). Estou produzindo como faço com meus álbuns, e no momento estamos terminando a mixagem. Ela nos toma de sete a oito meses, e o disco deve sair no começo do outono (hemisfério norte, entre setembro e outubro).

Você já se deparou com o preconceito contra pessoas mais velhas (ageism), que tem sido dispensado a muitas musicistas mulheres?

Quando uma atriz passa dos 60 anos, o público vai aceitar que ela seja uma grande dama. Mas quando você ainda está cantando e escrevendo canções, não existe um papel na indústria musical no qual você atua como a “vovó”. Não vamos a um show de Tom Petty ou Bruce Springsteen para ver um vovô cantando músicas de vovô ou somente para revisitar seu passado. Noel Gallagher, Paul Weller, os Chili Peppers — eles não estão distantes de mim em idade, mas esses caras ainda estão lançando trabalhos recebidos como relevantes; com mulheres, porém, é diferente: uma vez que nós tenhamos dado nossa contribuição, é hora de dar espaço somente para as mais novas. Foi Tash que veio a mim e disse: “Mãe, você vai ao palco, toca sozinha e continua arrasando. Mas algumas dessas artistas mais novas estão roubando seus trejeitos e isso importa para mim. Vá e lembre quem fez primeiro a esse povo mais novo, porque eles acham que essas garotas nos seus vinte anos foram as inventoras disso tudo” — ela disse: “Vá logo!”.

Parece haver um vilipêndio sobre mulher mais velhas — Madonna recebeu muitas críticas quando caiu no Brit Awards.

Permita-me perguntar: houve muitas baixeza voltada a ela?

Muitos comentários desagraváveis no Twitter.

Madonna é uma entertainer. Há muito poucas pessoas capazes de levantar daquele chão. Não foi culpa dela ter caído, mas foi por causa dela que a performance continuou. Muito desse vilipêndio vem tanto de mulheres como de homens. Ela vem fazendo escolhas, e é capaz de fazer coisas fisicamente que pessoas 25 anos mais novas não conseguem; ela se levantou e não permitiu que aquilo a envergonhasse. Acho que as pessoas querem diminui-la para um papel que seja “aceitável” para sua idade. Me entristece que não possamos abraçar Madonna e dizer, “Uau, ela é uma artista que está se expressando à sua maneira”.

Você mesma é bastante física quando está em seu piano.


T: Eu trabalho muito duro. Preciso de preparação para essas turnês, então é necessário que me mantenha em forma, por isso evito fast food. Salgadinhos de batata são minha fraqueza, mas acho que se você está ativa e tem um bom cuidado com sua pele, sua aparência fica em dia. Há dias em que me sinto mais velha do que gostaria, mas você precisa se manter firme e passar por eles. Estar em seus cinquenta anos é uma período de transição para mulheres; temos de decidir se nos tornaremos o clichê que as gerações mais novas quer que nos tornemos, ou não. Como exercício e boa alimentação, podemos permanecer fortes por mais tempo.

Qual foi o maior problema de palco que você já teve?

Caí do banco do piano durante meus 20 anos muitas vezes, mas há algo que sempre te faz levantar. Falhas técnicas acontecem, microfones caem — acabei tocando de joelhos porque o microfone não tinha testosterona suficiente para ficar de pé, então passei o resto do show ajoelhada e sem os pedais. O fato de você continuar e não simplesmente sair do palco para ajustes, ser capaz de permanecer onde está, isso exige algo mais. Você não precisa concordar com as escolhas de Madonna a respeito de suas roupas, ou de como ela vê sua própria sexualidade, mas pode sim admirar o fato dela estar lá, ainda fazendo o que faz.

Você tem alguns dos fãs mais apaixonados que eu já vi — pessoas de fato choram em suas apresentações.

Eu costumo acreditar que as canções constroem relacionamentos com eles. Uma vez que elas me deixam e seguem para o mundo, não é da minha conta o que pode acontecer. Elas vão para a faculdade de salto alto e me dizem: “quando lhe deixamos não somos mais crianças, vamos para o mundo fazer nossos próprios amigos”. Elas me contam que mantém vínculos com outras pessoas.

Como é para você ter esse tipo de conexão com as pessoas?

Não acho que (a adoração) seja projetada em mim, pessoalmente. É um relacionamento com as canções, não eu. Aprendo bastante com as pessoas que vem aos shows. Tento fazer um meet’n’greet no backstage antes das apresentações. Acabo ganhando mais e mais informações por meio das histórias que me contam, e quando você as ouve começa a se surpreender. Nem sempre são histórias trágicas. Pode ser uma história de alguém que desistiu de fazer algo que queria pelo desejo de fazer seus pais felizes, e então ela decide se dedicar a outra coisa. E essas pessoas acolhem as canções, o que as levam a se conectar comigo, e eu com elas.

Você tem um grande fanbase gay desde sua primeira performance, aos 13 anos, num bar LGBT de Washington DC (O pai de Tori a acompanhava).

Estamos voltando para bem longe, foi o começo de minha carreira profissional. Eu era bastante impressionável naquela idade, e eles tentaram me ensinar algumas coisas — até hoje estão me ensinando. Aprendi tanto com meus amigos gays, e continuo a aprender. Com eles, não sentia como se tentassem me magoar ou fazer com que duvidasse de mim mesma; não havia uma competição, nada como uma inveja secreta pelo sucesso alheio — o tipo de coisa que infelizmente pode acontecer entre mulheres jovens competindo entre si. Você procura ser generosa com o sucesso de suas amigas, tenta ser feliz por elas, mas nunca me senti comparada na companhia de homens gays. E mesmo com lésbicas, não sentia o peso dessa confrontação também. Primeiro vieram os meninos gays, e elas um pouco depois. Se você é um homem heterossexual, há muitas mulheres heterossexuais em minhas apresentação, então minha equipe costuma dizer que é lá onde esses caras deveriam estar. No entanto, homens hétero costumam me achar muito crua, emocional, por falar de coisas que eles não estão afim de discutir — é o que acontece em meus shows, eles são torturados pelo que se passa neles.

Os dois primeiros álbuns de Tori, Little Earthquakes e Under the Pink, foram relançados pela Rhino em versões remasterizadas e estendidas.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Lucy: A Mulher Misteriosa



por Ailton Palaria


Todos nós sabemos que as músicas de Tori são intrigantes, cheias de imagens estranhas, pessoas disfarçadas de animais e mensagens criptografadas. Hoje, especificamente, estava pensando em uma personagem que Tori faz referência em três canções: Lucy.
Tori certa vez foi questionada sobre essa figura misteriosa em uma entrevista e respondeu:

“Who do you think Lucy is? I’m not telling you who Lucy is.” [BAM – March 11, 1994]

Enfim, como sou um toriphile chato e curioso, estava refletindo sobre essa figura misteriosa e decidi me debruçar um pouco sobre essas canções para levantar alguma hipótese. Lucy aparece pela primeira vez na estranha e confusa Ode To The Banana King. A música se passa há dez mil anos – Tori e Raul Seixas devem ter se conhecido naquela época – portanto, podemos concluir que Lucy não se trata de uma figura humana, mas de uma figura arquetípica.

“Turning back ten thousand years,
It's all a blur
Where the taxis go
Monster man
A willing friend
Lucy serves the melon cold
Violent and delicious souls.”

Podemos perceber que Lucy – uma amiga com boa vontade – serve melão gelado para um Homem­Monstro, talvez uma referência ao homem ancestral. Portanto, Lucy está relacionada a alguma ideia de prazer, de boa surpresa.
A figura misteriosa de Lucy retorna na belíssima Pretty Good Year:

“Pretty Good Year, de fato, é a parte dois de Ode To The Banana King. Ode To The Banana King é a parte um ­ como podem ver, Lucy reaparece. (...) Então provavelmente escreverei a parte três.” [Beat – July 14, 1994]

Sabemos que Pretty Good Year narra a história de Greg, um jovem rapaz que se encontra num momento muito delicado de sua vida. No entanto, apesar de toda a frustração e desesperança, ele ainda pode ter um ano muito bom...

“And Greg he writes letters with his birthday pen
Sometimes he's aware that they're drawing him in
Lucy was pretty, your best friend agreed
Well, still, pretty good year.”

Finalmente, mais de uma década depois, a figura de Lucy volta na canção Edge of The Moon. No texto introdutório do álbum Night of Hunters, temos a seguinte explicação:

“Edge of The Moon revela então uma promessa que 'ele' fez a Tori. Ela começa a lembrar de como era o relacionamento deles antes dos dois permitirem que forças externas os separassem. (...) A culpa e a ira que um sentia pelo outro está se transmutando num espaço onde a extensão do amor sentido por ambos é maior que o dano sofrido pelo relacionamento.”

“Now I'm going back
Past that marmalade sky
Cause you've got my waxing and waning
As primitive goes
You can stir the embers of the Lucy
Inside of my soul.”

Nesta canção, fica claro que Tori, ao referir­-se a Lucy, está falando de um sentimento que existe dentro dela. Levando em consideração que Night of Hunters conta a história de um casal em crise, mas que acabam resolvendo suas diferenças, Lucy representa esse desejo de reconciliação.
Nas três canções, percebemos que Lucy está relacionada com alguma ideia futura, ou seja, Lucy é a representação da Esperança, do desejo que sentimos para que nossos sonhos sejam realizados. A Lucy de Tori, assim como a Lucy psicodélica dos Beatles e o fóssil encontrado há 40 anos, representam esse ancestral do Feminino que reside em todos nós e ainda tem esperança nos sentimentos humanos e no (re)nascimento do Amor.





sábado, 31 de janeiro de 2015

[RESUMÃO] Novidades do mês de Janeiro!


Olá, Toriphiles!

O ano começou quente para nossa ruiva pianista, e decidi escrever um post sumarizando as novidades.

1 - Tori se apresentará pela Europa no verão do Hemisfério Norte.

À semelhança do ocorrido em 2010, Tori decidiu fazer alguns shows no continente europeu entre maio e junho. Por enquanto já foram divulgadas seis datas, incluindo uma na Espanha, país nunca antes visitado por ela para apresentações; outra curiosidade é que Amos tocará num castelo, durante sua passagem pela Dinamarca (Veja foto AQUI). Para consultar todas as datas e comprar ingressos, que já estão à venda faz algumas dias, acesse o link do Site Oficial da cantora.

2 - Little Earthquakes e Under The Pink ganharão versões deluxe.

Os dois primeiros discos serão relançados em formato duplo, com um segundo CD repleto de b-sides e versões ao vivo para clássicos da época. Para ver as tracklists e fazer a reserva no site da Amazon norteamericana, é só visitar os links a seguir.

LITTLE EARTHQUAKES (DELUXE)

UNDER THE PINK (DELUXE)

3 - As gravações da trilha sonora de The Light Princess.

Numa base semanal, Tori tem postado em seu facebook imagens dos atores e atrizes envolvidos no primeiro musical de sua carreira. Todos tem visitado a casa dela na Cornualha, para gravar os vocais que comporão a trilha sonora oficial da peça. Aqui estão algumas das fotos do elenco com a compositora e o dramaturgo Samuel Adamson, publicadas durante esse mês.