Dessa vez, um fã de Tori participante do Unforumzed, Dollsbitches, ouviu ao álbum e fez comentários sobre algumas das faixas, e o disco como um todo. Reforçamos que não são informações oficiais, nem é possível garantir que o álbum foi ouvido por ele. Ainda assim, as informações parecem pertinentes, e por isso decidimos publicá-las.
Bem, o início lembra um pouco Raining Blood, sinistro, e então surgem esses "puxões" de violinos para, em seguida, começar uma instrumentação bastante elaborada, agressiva e dramática com o quarteto e o piano. O primeiro verso é mais ou menos assim: "Não é meu este sangue no chão do quarto/ Não é meu este copo que havia antes lançado". A canção é raivosa (estou a ouvindo pela segunda vez agora). Depois da primeira parte dela, há um momento instrumental bastante longo, para então surgir uma parte de vocais duplos, na qual ela canta "Mar estilhaçando/ Fechando meus olhos". Mais um segmento com vocais, e novamente instrumentais com um piano furioso que soa como a intro da performance para o RAINN. Volta-se para, "Não é meu este sangue no chão do quarto/ Não é meu este copo que havia antes lançado". Entendam, esta NÃO é uma canção "pop". Adicionar bateria e baixo não faria com que ela se tornasse uma música "pop" convencional.
Shattering Sea é bombástica, muito interessante e diferente de tudo o que ela tem feito nos últimos anos, em termos melódicos. É Tash que faz dueto com ela em Snowblind, certo? Sua voz maturou. A faixa 3 é baseada em Pavane (for a dead princesa), de Ravel. Não havia necessidade dela ser tão longa, a menos que exista esta maravilhosa progressão lírica que falhei em perceber.
Fearlessness possui um refrão legal, no qual Tori canta para si mesma: "Ouça sua palavra (?)/ Você consegue me ouvir".
Cactus Practice - está tocando agora. Não que seja vergonhoso, em absoluto, mas acho que o vocal de Tash não esteja tão excepcional nesta faixa. Não pude entender uma palavra sequer, então ficou difícil de ter uma noção geral sobre a letra.
Seria possível que Tash não esteja em Snowblind, que esteja somente em Cactus Practice? Elas não soam realmente como a mesma pessoa… A que está nesta faixa soa muita mais com o vocal que a garota fez em Midwinter Graces. Novamente, estou a ouvindo pela primeira vez, então posso estar completamente errado.
Star Whisperer é dotada de uma parte no piano muito bonita, em seu meio, a qual remete aos improvs de Tori. Surge porém uma falha estranha em 4:25. Falha ou não falha, enquanto Battle of Trees poderia ser menor, para seu próprio bem, Star Whisperer de fato se transforma e evolui. Amei demais.
Nada disso me lembra de qualquer álbum de Tori amos em particular, mesmo que definitivamente haja um pouco de Midwinter Graces nele. Em termos de estilo, me recordou do último álbum do Rufus Wainwright, no sentido de que todas as canções meio que se parecem inicialmente, devido à falta de baterias e adjacentes (ainda que o álbum de Tori tenha mais "camadas" pela presença do quarteto e outros instrumentos). Também me lembrou do Penelope sound cycle aqui e ali (a que Shara Worden fez com Sarah Kikland Snider).
Os vocais remetem a seu último lançamento de estúdio. Não tão ruins como alguns shows ao vivo, mas não tão poderosos quando os apresentados em fases anteriores de sua carreira.
Não há qualquer showtune (canção escrita para um musical que obtém grande sucesso, tipo Memories, de Cats), se isso é o que você entende por uma peça ruim da broadway.
É muito difícil de descrever. Sem prestar muita atenção nas letras, não consegui ainda extrair das faixas um tom emocional forte, mesmo com algumas passando um sentimento de desamparo, eu acho.
Oh, Seven Sisters é completamente instrumental, (alguns de vocês estavam esperando por alguma coisa assim por um bom tempo, né?), com o piano tocando de forma veloz, havendo também, uma… Flauta? Woodwind? Oboé?
Carry: "Você jamais será esquecido por mim/ Na precessão das poderosas estrelas" e não consegui entender o restante. "Aqui eu o carregarei, carregarei, carregarei para sempre".
É bom ver tori finalmente não tentando a todo custo ter um single pop num álbum. Nada nesse disco soa como um material promocional, e não estou certo de que ele venderá bem entre sua fanbase atual. Talvez até venda, porque está bem diferente daquilo que ela tem feito nos últimos anos.
Sim. Night of Hunters definitivamente não é pop, e não tem Mac Alladin para vir e arruinar uma faixa com potencial de ser muito boa. As canções são bem distintas do que ela tem lançado recentemente com Jon e Matt, e bastante próxima de Midwinter Graces.
Bem, não é como Little Earthquakes (a música) ou Precious Things, mas é mais interessante que seus álbuns pop" mais recentes.
UPDATE: Mais comentários, sobre as percepções de Dollsbitches
Na segunda audição, a duração de Battle of Trees não o incomodou, em absoluto.
Alguns versos tirados de The Chase:
Tori: Serei a lebre!
Tash: Então serei o cão de caça cinzento, correndo atrás de você…
Tori: Pois mudarei minha frequência para um peixe que pensa!
Tash: Daí você se verá próxima às mandíbulas de uma lontra, durante seu descanso.
Tori: Farei minhas asas crescerem como um ser voador!
E sem dúvida "Veja eu me transformar num grão de milho"
Lembrando que, como Tori falou na introdução ao álbum (releia aqui), The Chase marcava o momento em que Anabelle ensinava tori a se metamorfosear, e pelo que dá para ver na letra, elas ficam se revezando num jogo entre caçador e caçado. Agradecemos, mais uma vez, ao Bruno Cercal, pelas boas novidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário