Tori Amos explora regras de atração no “Pecado”
Por Christa Titus
NOVA YORK (Billboard) - Tori Amos sempre coloca as mulheres primeiro lugar. A cantora/compositora criou um álbum conceitual sobre arquétipos femininos (“American Doll Posse”), têm re-escrito músicas feitas por homens para uma perspectiva feminina (“Strange Little Girls”) e conectou os fãs com assombrações, brutais retratos pessoais -- "Me and a Gun" é um conto a respeito de sua própria agressão sexual.
Com o lançamento de seu primeiro álbum pela Universal Republic, "Abnormally Attracted to Sin", no dia 19 de maio, Amos aborda ainda outro assunto espinhoso: mulheres e poder.
"Eu sou do tipo fascinada com a idéia de espiritualidade erótica", ela diz. "Mas primeiro, eu queria investigar pelo que as pessoas estão sendo atraídas. Algumas das músicas são sobre situações onde pessoas estão lutando com seus poderes, e se encontram atraídos por pessoas que tem poder maior que os seus. Dominância tornou-se um afrodisíaco para algumas mulheres. Mas há algumas músicas sobre mulheres encontrando sua força interior".
Amos está plenamente consciente da sua própria força como uma artista. Quando ela sentou com o presidente da Universal Music Group, Doug Morris, para discutir seu acordo com a Universal Republic, sua longevidade e uma base de fãs devotados deu a ela considerável influência. Amos que tem sua própria editora e empresas de merchandising, afirmou sobre não esperar o tão conhecido acordo 360, ou acordo de múltiplos direitos, em que as gravações dos artistas não são apenas divididas das vendas dos álbuns, mas shows, merchandise, e outros ganhos com a sua marca em troca de apoio em troca de compreensão e suporte para a sua carreira.
“Diga-me o outro lado de um acordo 360 senão sobre 100 milhões de dólares?” ela pergunta retoricamente. “Eu tenho que dar metade para o imposto, e uma grande porcentagem para o meu advogado, e então isso é tudo que eu tenho? E alguém possui músicas que nem sequer escrevi ainda?”
Amos define o contrato como “conjuntas de um empreendimento perigoso”. O presidente e diretor executivo (CEO) da Universal Republic, Monte Lipman adiciona, “Só há uma tremenda quantidade de respeito que temos por Tori, e quando isso veio à tona para sua visão e o modo como ela quer operar, ela teve muitas coisas a dizer sobre isso.”
A artista por si própria é uma força a ser considerada com seu novo álbum, que mistura batidas de rock com flashes de vanguarda. Seu senso de humor é evidente na descontraída “Not Dying Today” e na breve “Mary Jane”, mas músicas como a exausta “Curtain Call” e a afiada “Starling” revelam um lado pensativo. A música “Maybe California” trata de uma mulher que se sente inadequada como uma mãe.
Amos observa que as mulheres freqüentemente aceitam quietamente o fardo de manter uma família intacta, especialmente nesses tempos quando a economia cria uma tensão emocional e financeira.
“Nós definimos o poder dos homens como sendo fornecedores. Nós estamos de volta com a idéia de como definir a o que é poder”, ela diz. “Quando você tem um relacionamento onde ambos não estão se sentindo poderosos, porque nós temos equiparado sucesso com ter um trabalho como ganha pão, e quando se é demitido, o efeito que pode ter na família está além da descrição.”
O visual do álbum reflete questões temáticas de Amos. "Eu amo o modo (fotógrafa Karen Collins) como ele tira fotos das mulheres. Não é vulgar ou constrangedor, mas encontra-se algo sexy. Elas olham habilitadas para mim, e eu gosto do seu estilo. Eu sinto que seu eu tivesse de caminhar por uma linha espiritualmente erótica, que é completamente a linha para se andar. Eu percebi que as duas palavras não necessariamente significam terminar juntas na mesma mesa, na mesma frase. Mas ela é uma linha delicada para se andar."
Tradução: Victor Hugo
Revisão: Madyana Torres
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